Friday, June 8, 2007

Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

Escrever sobre Dr. Strangelove é quase uma tarefa impossível, porque só o espectador conseguirá captar a verdadeira essência do filme: fazer rir com uma comédia negra sobre o perigo nuclear em plena guerra fria, de uma forma satírica e realista como nunca o cinema nos mostrou.

O enredo gira à volta de um general (Jack Ripper) que, enlouquecido, envia os B52 que estavam sob o seu comando para destruir a União Soviética. Estes, por sua vez, informam os Estados Unidos que, caso sejam atacados, têm na sua posse uma arma ultra-secreta, designada de Dia do Julgamento Final, que é activada automaticamente no caso de o seu país ser atacado, e que destruirá todas as formas de vida do planeta.

Peter Sellers tem, na minha opinião, o papel (ou melhor, os papeis) da sua vida, encarnando 3 personagens: O Presidente Americano (Merkin Muffley); O Capitão inglês Lionel Mandrake (que tentará deter o General Ripper) e o Dr. Strangelove, cientista nazi refugiado nos Estados Unidos.

O mais impressionante no filme é o facto de que todas as situações, apesar de elevadas a expoentes máximos da sátira e do non-sense, não são mais do que o retrato da loucura real da humanidade.

Em 1964, tal como em 2007!